Limitações em família
Em julho de 2003, uma pneumonia aguda levou meu avô Luiz Amaral para o céu. Lembro-me da grande tristeza que tomou conta de toda a família, recordo-me de ver meu pai tentando demonstrar uma relativa força, ao mesmo tempo que era nítido o semblante de abatimento estampado em seu rosto. Contudo, o que cortou mesmo meu coração foi ver a minha vózinha Adelaide sofrendo pela perda do seu companheiro de vida. Foram dias difíceis para toda a família. No entanto, parafraseando Ariano Suassuna: meu avô “encontrou-se com o único mal irremediável, pois tudo aquilo que é vivo, morre”; e assim, portanto, teve fim a história do Vôzinho aqui neste mundo. Meu pai teve três irmãos: o sempre irreverente Tio Mário, a doce e guerreira caçula Tia Luzia, que colocou um enorme buraco em nossos corações ao tragicamente nos deixar há quase cinco anos (fato esse que meu pai até hoje não consegue esconder as lágrimas ao se lembrar); e a amorosa Tia Maria, que foi com quem minha avó foi morar após o falecimento