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Mostrando postagens de março, 2020

O dia que eu saí do armário

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Em uma manhã nublada de Outubro, eu chamei um carro pelo aplicativo do celular e fui até o oftalmologista. Era uma clínica nova, localizada em um grande edifício próximo ao centro da cidade, e na qual eu jamais fora anteriormente. O motorista então me deixou próximo a uma imponente porta de vidro que julguei ser a entrada principal do prédio. Entrei no saguão e, como de costume, parei por alguns segundos para tentar entender onde eu estava (fiz o reconhecimento do local). Consegui enxergar um senhor sentado atrás de um balcão e logo deduzi que se tratava ou da recepção ou de um centro de informações. Fui até ele e perguntei onde ficava o elevador. Ele apontou a direção com o dedo e disse:  “Logo aqui atrás!”.             Como a grande maioria das pessoas por aqui se deslocam com o seus próprios carros, o térreo (entrada de pedestres) estava vazio. Apesar disso, o prédio era muito grande (só pra termos uma ideia, o consultório onde eu deveria ir ficava no 19º andar). Caminhei, então

O duro golpe da frase feita

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Há alguns meses, em uma tarde fria e ensolarada de inverno, eu estava dentro de um táxi e, como de costume, aproveitei o tempo para bater um papo com o motorista (sim, eu sou daqueles que conversa dentro do Uber). Conversávamos sobre um assunto qualquer, e que não tem a menor relevância para a nossa história, quando nos deparamos com um pequeno congestionamento na frente de uma escola. Com toda a naturalidade de uma pessoa que tira o seu sustento dirigindo pelas ruas de grandes centros urbanos, o motorista começou, pois, a murmurar acerca daquela situação. Confesso que não me incomodei muito, a princípio, com as suas lamúrias e até entrei um pouco na discussão. Após alguns minutos parados, esperando o policial liberar o trânsito, o motorista me disse as seguintes palavras: “Mas, veja bem, este problema é muito simples de ser resolvido. Se eu fosse o secretário de educação, eu colocaria cada série para terminar as aulas com 30 minutos de diferença uma da outra. Daí, o trânsito não

As nossas férias

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Após quatro semanas de passeios e bastante tempo com as nossas famílias, as nossas férias chegaram ao fim. Foi um tempo maravilhoso, cuja experiência eu gostaria muito de compartilhar com todos vocês. Além disso, passei por várias situações que me encheram de reflexões para novos textos, visto que o meu caderninho de anotações ficou repleto de ideias - na verdade eu uso o Google Keep para registrar as minhas notas. Enfim, estou cheio de histórias para contar, tanto de situações que me remeteram à minha infância e adolescência, como de coisas novas que aconteceram neste último mês, tais como uma nova personagem que surgiu na minha vida, a Filomena, a qual também quero muito apresentar a todos. Sim, quero muito voltar a publicar textos neste blog e compartilhar tudo isso com aqueles que apreciam ler o que eu tenho para escrever. Mas algo aconteceu e, de repente, a vida virou do avesso. Assim como você, eu também estou assustado com o avanço da COVID-19 e especialmente preocup