A minha adorável heroína
Abri a porta do passageiro do nosso Escort 1987, empurrei o assento para frente e sentei-me no banco de trás. Meu pai trouxe sua mala com chuteira, meião e outros apetrechos futebolísticos, abriu o porta mala, jogou tudo ali dentro e, após fechar o compartimento, gritou bem alto: “Vamos Marlene!” Minha mãe veio de dentro de casa vestindo seu típico guarda-pó branco de professora e trazendo em suas mãos alguns livros de ciências e um estojo com giz. Ela desceu no colégio onde daria aulas noturnas a uma turma de adultos, e eu acompanhei meu pai para o seu habitual futebol de terça-feira. Enquanto ele estava no campo com seus colegas de pelada, eu fui para a quadra que ficava do lado do campo onde os outros adolescentes também jogavam futebol. Cumprimentei alguns deles, mas não me aventurei a entrar no jogo, pois eu ainda estava tentando “ir devagar”após mais uma cirurgia que tinha acontecido umas trës semanas antes. Um dos meninos então disse: “Vamos jogar linha então!” Não vi gr