A intrusa
Ela
chegou ao amanhecer
Sem que ao menos fosse convidada
A mesa não estava preparada
E nada havia para se comer
Sem que ao menos fosse convidada
A mesa não estava preparada
E nada havia para se comer
Ela
nem sequer pediu licença
E
por mim a todo tempo buscava
Enquanto
lá fora o sol raiava
Aqui
dentro a dor era intensa
Clamei
a todos: homens, céus e mar
Não
queria mais melancolia
Fiz
de tudo para lhe expulsar
Mas,
teimosa que era, insistia
E
seguiu-me para todo lugar
Trazendo
nuvens sombrias ao meio dia
Não
pude encarar seus efeitos
Nem
lidar com o desconforto
Preferiria
eu estar morto?
Não!
Nesta vida tudo dá-se um jeito
Logo tive que me acostumar
Com
a vida, a tristeza, a dor
Pois eu sei que para onde eu for
Ela
irá me acompanhar
Agora
sobrou o meu cantinho
Aqui
já quase entardeceu
Então basta seguir meu caminho
E
chorar pelo que se perdeu
Sei
que nunca estarei sozinho
Pois desde a aurora, ela sou eu
Weber
Amaral
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Linda poesia Binho, sempre surpreendendo. Pra fazer um samba com beleza tem que ter um pouco de tristeza
ResponderExcluirCaaaaaaaaaara.. vc não tem noção .. eu tava cantarolando essa música enquanto postava este texto.. Abraços...
Excluir“Desde a aurora ela sou eu.”
ResponderExcluirNé....
Excluir💪🏻❤️
ResponderExcluirS2 S2
ExcluirLinda poesia irmão, inspirador, Deus o abençoe dia após dia com graça, força e alegria para que possa conduzir a vida de forna mais leve, amo você!
ResponderExcluirObrigado por ler e apreciar meu querido. Um grande abraço
ExcluirEncantada, Binho, com sua veia poética. Abraço saudoso, Marilu
ResponderExcluirFico muito feliz por te lido e apreciado. Significa muito pra mim. Um grande beijo
ExcluirVocê sempre surpreende com suas escritas! Parabéns mais uma vez!
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